Sorriso ate as gengivas
MOMENTOS DE MUITA ALEGRIA E …
Escrevi esta coluna depois da primeira vitória do brasileiro Felipe Massa da Ferrari vermelha e branca, na Fórmula 1, vista depois no podium pelo mundo no vermelho das gengivas e branco dos dentes no sorriso do sexto brasileiro a chegar lá.
Esta alegria completou uma semana de muitos e–mails com manifestações de aceitação e apoio à idéia do sorriso, como próprio e próximo referencial de idade e beleza, nos novos critérios estéticos dos responsáveis pela imagem das pessoas.
Também de muita indignação e em alguns casos, perplexidade e revolta, com a falsa proposta de uma dentadura como símbolo de um sorriso novo, sendo ela uma idéia antiga que ganhou sobrevida na Odontologia moderna pelos implantes e suas sobre dentaduras.
Nos dois casos muitos comentários incentivadores para que continue nesta trilha de propostas inovadoras e defesa das conquistas já consolidadas, o que me leva a manter em alta a mentalidade com foco na criatividade e combatividade.
Mas acima destas posturas e propostas está a nossa realidade, que a cada tanto nos agride com voltas ao passado. Desta vez foi aqui na progressista Curitiba, onde a Justiça Eleitoral fechou a Casa do Povo, uma instituição mantida por dois deputados, um federal e outro estadual, que distribuíam dentaduras à população.
Por mais incrível que isso possa parecer, estas práticas retrógradas de assistencialismo ainda sobrevivem em nosso país, a despeito de outros avanços que colocam nossa democracia numa vanguarda mundial, tendo nas urnas eletrônicas o símbolo inconteste da nossa evolução.
Analisando por este lado o fato desta prática nefasta, só a dificuldade em conseguir trabalho pode justificar alguns CD’s e TPD’s a subordinarem-se na confecção destas próteses, o que leva o tema a um outro âmbito, o do mercado de trabalho.
Sempre procurei colocar o marketing como uma ferramenta para alavancar a carreira dos profissionais da Odontologia para cima e para frente, que estou certo ser a vontade da maioria. O que não se pode é fechar os olhos para a defesa do já conquistado.
Como no futebol e na fórmula 1, uma boa defesa garante resultados, desde que o ataque tenha funcionado bem antes. Sem isso serão só empates a comemorar. Que não levam a título nenhum. A menos que nos contentemos com o de campeão dos desdentados, que é uma condição humilhante, tanto política como cultural e social.
EM AMBAS AINDA PRECISAMOS EVOLUIR MUITO !
ANTÔNIO INÁCIO RIBEIRO